quinta-feira, 26 de agosto de 2010

o lugar certo para experimentar

Para nós, universitários, é comum sermos perseguidos durante toda nossa vida acadêmica por uma grande preocupação que gira em torno de como deveremos nos portar depois de formados e como enfrentar de forma ética o mercado de trabalho. Pensando nessas dúvidas, é comum encontrarmos nos campus dos Cursos de Comunicação Social espalhados por todos os lugares, as chamadas Agências Experimentais de Comunicação.

Essas Agências são formadas por alunos, remunerados ou voluntários, das diversas áreas da comunicação (Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Marketing, Produção em Mídia Audiovisual, Relações Públicas...) e tem como objetivo principal fazer com que o acadêmico coloque em prática o aprendizado de sala de aula, para que, depois de formado, esteja preparado para enfrentar o mercado de trabalho.

Nas Agências, os alunos trabalham para os alunos, produzindo materiais informativos, jornais, revistas, cartazes, folders, vídeos, organizando eventos, fazendo planejamentos, entre outras atividades pertencentes ao profissional da Comunicação. Em alguns lugares, quando necessário, as Agencias Experimentais também realizam trabalhos para fora do curso, fazendo com que, dessa forma, o aluno também experimente um contato maior com o cliente.

É visível a diferença entre um aluno que já atuou dentro de uma Agência Experimental para os demais. “A Agência Experimental é um laboratório de ensino, portanto o papel desse espaço é possibilitar ao acadêmico o exercício da prática a partir da teoria apreendida em sala de aula. As experiências proporcionadas na agência vão auxiliar o acadêmico quanto as suas futuras escolhas profissionais, que áreas pretende atuar”, diz a professora Mônica Pons, coordenadora do Núcleo de RP da Agência Experimental A4 da Unisc.

As agências experimentais estão espalhadas por todos os lugares e todas elas tem o mesmo objetivo: formar um profissional qualificado para o mercado de trabalho. É o que confirma a professora Patricia Piana Presas, coordenadora da Talento Agência Eperimental da FAE: “A grande importância é a possibilidade de aproximar o aluno da prática, pois na sala de aula os alunos tem contato com a teoria e em uma agência experimental é a chance de perceber que essa teoria é verdadeira e que ocorre na prática. É vivenciar o dia a dia de uma agência, como um "test drive", antes de entrar no mercado de trabalho".

Quando se está em uma Agência Experimental, uma grande quantidade de oportunidades para trabalho é aberta, pois as empresas atualmente não querem apenas um profissional formado, mas sim aquele aluno que adquiriu durante sua formação uma bagagem grande de experiências. Vanessa Oliveira que está no 4º semestre do curso de jornalismo, e dentro da Agência Experimental de Jornalismo desde o inicio, diz que “as experiências me trouxeram um conhecimento que muitos colegas não tem. Na A4 colocamos em prática tudo o que aprendemos em sala de aula, no meu caso, eu nem tinha aprendido na sala de aula ainda. Foi meu primeiro contato com o jornalismo prático. Pude perceber o diferencial que isso me trouxe, quando as aulas começaram a ter atividades mais específicas. Enquanto alguns colegas não tinham ideia do que fazer, eu estava tranquila, porque já tinha passado por aquilo antes, na agência”, e ainda ressalta, “ a existência das Agências Experimentais deveria ser obrigatória nos cursos de Comunicação Social. Elas dão a oportunidade de que os alunos vivenciem as dificuldades do dia-a-dia profissional que ele virá a ter, assim como as conquistas”.

Francine Weis, que ingressou na Agência Experimental A4 - Núcleo de RP através do contato quase que diário que tinha com as outras monitoras, começou a ver a importância de se aprender na prática a profissão que escolhemos seguir. Fran, como é chamada por todos, diz que “são nas Agências Experimentais que os acadêmicos tem a oportunidade de colocar em prática aquilo que, às vezes, viram somente na teoria e podem aprender e ter uma ampla visão dos caminhos que a profissão proporciona e os oferece. Acredito que a monitoria na Agência Experimental é um primeiro passo para que você possa se tornar um grande profissional através das experiências que os acadêmicos tem. Além disso, também é a porta de entrada para que surjam muitos convites e oportunidades profissionais, que serão fruto do seu trabalho enquanto monitora, pois quem se dedica e mostra o que sabe fazer, com certeza sempre será lembrado”.

Além dos acadêmicos e professores perceberem a importância das Agências Experimentais, muitos profissionais dizem que utilizam diariamente o aprendizado obtido nas Agências. É o caso de Heitor Lau, que foi monitor do Núcleo de Relações Públicas da Agência Experimental de Comunicação, Unisc/2005/2006/2007. Ele diz que as Agências “tratam-se do local ideal e apropriado para experimentar os conhecimentos adquiridos em sala de aula e praticar a arte da comunicação (verbal e não-verbal), afinal o contato com os diversos públicos ocorre intensamente. Cabe ressaltar que o relacionamento interpessoal, importantíssimo na vida profissional, deve ser aprimorado neste ambiente e demais da universidade. Cada graduando deveria encarar a experiência da agência sob uma ótica profissional". Atualmente Heitor trabalha com eventos e diz que “hoje considero-me capaz de realizar qualquer evento”, e deve isso ao seu aprendizado dentro da Agência.

Sendo assim, podemos perceber a importância de ter um lugar para experimentar tudo aquilo que aprendemos. Aqueles que estão dentro de uma Agência Experimental sabem que o conhecimento obtido lá dentro é incomparável, e aqueles que ainda não conhecem uma, fica a dica, procure o lugar certo para poder experimentar!


(Texto produzido na disciplina da Redaçao em RP II e publicado em www.unirp.blogspot.com)

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